Luiz Carlos da Vila

Luiz Carlos Baptista, conhecido como Luiz Carlos da Vila (Rio de Janeiro, 21 de julho de 1949 — Rio de Janeiro, 20 de outubro de 2008), foi um dos maiores compositores da música brasileira e sambista brasileiro, conhecido por sua passagem pela ala de compositores da Vila Isabel. Foi um dos compositores do samba-enredo Kizomba, a Festa da Raça, que consagrou a escola em 1988. Também compôs Samba que nem Rita, à Dora, gravada por Seu Jorge. Suas letras tem o poder de trazir sentimentos e ilustrar as mas diversas expressões. Dono de um estilo único e regado de muita emoção, Luiz Carlos da Vila foi autor de muitos Sambas gravados pelo Grupo Fundo de Quintal e no Cacique de Ramos.

Nasceu no bairro carioca de Ramos. O nome artístico “da Vila” foi incorporado em 1977, após sua entrada na ala de compositores da escola de samba Vila Isabel. Segundo outras informações, o nome também era creditado a ele por ser morador do bairro Vila da Penha, mais específicamente da “Travessa da Amizade”. Seu primeiro instrumento foi o acordeão, seguido de um violão que ganhou ainda na adolescência. Mas, com o desemprego de seu pai, foi obrigado a interromper as aulas. Frequentou o tradicional bloco carnavalesco Cacique de Ramos no final da década de 1970, sendo considerado um dos formatadores do samba carioca contemporâneo, de uma geração de compositores integrada também por Jorge Aragão, Arlindo Cruz, Sereno do Cacique, Sombrinha, Sombra, Cláudio Camunguelo, entre outros.Em 2003 criou junto com Dorina e Mauro Diniz o grupo Suburbanistas que cantavam os compositores do Subúrbio Carioca – fizeram muitos shows e foram materia de mestrado de alunos de Jornalismo. Criou também com Dorina e Mauro o Bloco Suburbanistas que saia em Irajá, Vila da Penha, Vista Alegre, Brás de Pina e Santa Tereza. Cantou na Europa um ano antes de falecer.

Faleceu vitimado por um câncer. O corpo foi velado na quadra da Vila Isabel e sepultado no dia seguinte no Cemitério de Inhaúma. Durante todo o mês de Outubro o compositor recebeu diversas homenagens em vários programas de rádio, TV e rodas de samba por todo o país, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo. Uma das primeiras homenagens oficiais aconteceu, no domingo posterior ao seu falecimento, na roda de samba “Samba Novo”, de Cláudio Jorge e Hugo Suckamn no Renascença Clube, no bairro do Andaraí. Cerimônia que contou também com a presença de Mário Lago Filho.

Homenagens

No programa Samba Novo contou com a presença de boa parte da família do compositor, inclusive de sua mãe, para a homenagem através de seus participantes, entre os quais os convidados especiais do dia: Rildo Hora, Arlindo Cruz, Moyses Marques e Euc Amaral, além do anfitrião Cláudio Jorge que executou várias parcerias, gravadas e inéditas, com Luiz Carlos da Vila. Na ocasião, outros sambistas como a cantora Dorina e o compositor Efson, também lhe prestaram homenagem cantando sambas de autoria do compositor. As homenagens se multiplicaram em rádio (Rádio MEC e Rádio Nacional AM – no Programa Ponto do Samba, de Dorina e Rubem Confete e ainda na Rádio MPB FM, com programa inteiro dedicado ao compositor). Na TV e emissora púbica Rede Brasil foram exibidos vários trechos com imagens do compositor. Em todos os jornais das grandes capitais foram publicadas matérias sobre o compositor.

As canções Nas veias do Brasil e Por um dia de graça, feitas pelo próprio foram usadas como enredo e samba-enredo da Viradouro, para o carnaval 2015, a escola abordará a história dos negros baseada nas músicas do compositor.

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