Carioca do Andaraí, Antônio dos Santos (1912-1997) foi um dos fundadores do Império Serrano e se destacou como diretor de harmonia da escola de samba do Morro da Serrinha. Sob a alcunha de Mestre Fuleiro, encheu a avenida de música e vida e assinou com Dona Ivone Lara e Tio Hélio o canto de passarinho (portanto, de liberdade versus escravização) “Tiê”.

O texto “Uma escola de samba”, na revista CartaCapital, despertou na museóloga Alessandra Marques a lembrança de uma antiga entrevista com o mestre, feita em 16 de julho de 1993 e publicada no âmbito de uma pesquisa acadêmica na área de museologia da Universidade do Rio de Janeiro, sobre o jongo da Serrinha. Alessandra procurou o autor do texto e iniciamos um diálogo que culminou na autorização dela e das parceiras Cláudia Regina Alves da Rocha, Daniela Sampaio e Janine M. Belo para que republicássemos a entrevista em FAROFAFÁ (e não só ela, mas também a própria pesquisa), posto que Mestre Fuleiro é imortal.

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