Brancura

Bambas
Brancura na Casa de Detenção – 1932

Brancura (Sílvio Fernandes), compositor e flautista, nasceu provavelmente em 1908 no Rio de Janeiro, RJ, e faleceu na mesma cidade em 1935. Ganhou o apelido dos amigos do Estácio por conta de sua cor negra reluzente.

Outra versão conta que, como era parceiro de Baiaco na jogatina e exploração das mulheres da Zona do Mangue, seu apelido veio daí: a maioria das mulheres da zona que explorava era branca, as “polacas”.

É lembrado pela sua valentia e por não andar sem sua navalha, no melhor estilo da malandragem do Estácio dos anos 1920.

Desde jovem frequentava o Café Apolo e o Café Compadre, que eram os redutos de sambistas da época. Foi ali, naquele ambiente, que conheceu vários artistas com Noel Rosa, Mário Reis e Francisco Alves.
O produtor musical Fernando Faro confirma a fama de valente de Brancura: “Era bandido. Tinha sempre um 45 e uma navalha por baixo do terno branco linho 120. Monarco me contou que, uma vez, o Brancura chegou no samba e uma mulher falou: “Estão fazendo um trabalho contra você.” “Contra mim? Sou Brancura, nada me atinge.” Um mês depois, estava preso na Ilha Grande. Passaram uns anos e o Brancura voltou. Apareceu na Mangueira, quando a escola estava na quadra. Ele que era uma elegância chegou com short rasgado, camisa regata suja, um rato morto na mão. Fizeram até um samba: O Brancura Enlouqueceu.
Seus primeiros sambas gravados foram Coração volúvel e Mulher venenosa, lançados por Francisco Alves, pela Odeon, em 1929.
Em 1931, seu samba Deixa essa mulher chorar, obteve grande sucesso no carnaval. Foi gravado por Francisco Alves e Mário Reis, em dupla, pela Odeon. Teve muitos outros sambas gravados, entre eles: Sinto muito, gravado por Mário Reis, em 1932; Carinho eu tenho, gravado por Ismael Silva, no mesmo ano, assim como o samba Príncipe negro, gravado por Patrício Teixeira.
Em 1935, o samba Você chorou, foi gravado por Francisco Alves.
Obra
Carinho eu tenho, Coração volúvel, Deixa essa mulher chorar, Mulher venenosa, Príncipe negro, Samba de verdade (c/ Francisco Alves), Sinto muito, Você chorou
Brancura, compositor, Flautista, Turma do Estácio
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