Moacir Santos

Bambas

É tido como um dos maiores mestres da renovação harmônica da música popular brasileira (MPB).

Moacir Santos (Serra Talhada, 8 de abril de 1926 — Pasadena, 6 de agosto de 2006) foi um arranjador, compositor, maestro e multi-instrumentista brasileiro.

Iniciou sua carreira no sertão pernambucano como integrante de bandas. Na década de 1940 mudou-se para o Rio de Janeiro, e nessa cidade foi contratado pela Rádio Nacional. Durante dois anos, morou em São Paulo, onde regeu a orquestra da TV Record, voltando logo em seguida para o Rio de Janeiro. Em 1967 mudou-se para Los Angeles pois fora convidado para a estreia mundial do filme “Amor no Pacífico”, do qual havia sido compositor. Estabeleceu moradia fixa na região de Pasadena, na Califórnia, onde viveu compondo trilhas para o cinema e ministrando aulas de música. Moacir Santos faleceu em 6 de agosto de 2006.

Carreira

Conhecido pelo seu virtuosismo, dominava o saxofone, o piano, a clarineta, o trompete, o banjo, o violão e a bateria. Note-se que ele iniciou-se como tocador de clarinete aos 11 anos.

É tido como um dos maiores mestres da renovação harmônica da música popular brasileira (MPB).

Foi parceiro de Vinicius de Moraes, e por esse foi homenageado na canção “Samba da Bênção”, com Baden Powell: “Moacir Santos / tu que não és um só, és tantos / como este meu Brasil de todos os santos.”

Foi assistente do compositor alemão Hans Joachim Koellreuter e professor de músicos como Baden Powell, Paulo Moura, João Donato, Nara Leão, Roberto Menescal, Sérgio Mendes e outros importantes nomes da música brasileira.

Em julho de 2006, ganhou o Prêmio Shell de Música.

Obras

O seu primeiro disco intitula-se “Coisas”, lançado em 1965 pela gravadora Forma. Já morando nos Estados unidos lançou os discos Maestro (1972), Saudade (1974) e Carnival of the Spirits (1975) pelo selo Blue Note, e Opus 3 Nº 1 (1978) pelo selo Discovery.

Suas mais conhecidas composições são “Coisa n. 5”, “Menino Travesso”, “Triste de Quem”, “Se Você Disser que Sim” (com Vinicius de Moraes) e “Nanã” (com Mário Teles).

Em 2001 sua obra foi novamente lançada no Brasil através do álbum “Ouro Negro” com arranjos e produção de Mario Adnet e Zé Nogueira, e com participações especiais de grandes artistas como Milton Nascimento, Djavan, Ed Motta, Gilberto Gil, João Bosco, João Donato entre outros. Em 2005 foi lançado um DVD com um show da “Banda Ouro Negro” gravado ao vivo no SESC Pinheiros em São Paulo, e um disco, pela gravadora Biscoito Fino, com várias composições do início da sua carreira, nunca antes gravadas chamado “Choros & Alegria”.

Morreu em 06 de agosto de 2006 com 80 anos

Discografia

  • 1964: Luiza (RCA Victor)
  • 1965: Coisas (Forma)
  • 1972: Maestro (Blue Note)
  • 1974: Saudade (Blue Note)
  • 1975: Carnival of the Spirits (Blue Note)
  • 1978: Opus 3, No. 1 (Discovery)
  • 2004: Ouro Negro (Adventure Music)
  • 2005: Choros & Alegria (Adventure Music)
06 de agosto, 1926, 2006, 8 de abril, Banjo, Bateria, Clarineta, piano, Saxofone, Trompete, violão
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