No Brasil este instrumento é muito usado nas rodas de samba e também nas congadas paulistas e forma, junto com o bandolim, a flauta, o violão de 7 cordas, o violão de 6 cordas e o pandeiro os conjuntos regionais para a execução de choros.
O cavaquinho é um instrumento da família dos cordofones originário do Minho, norte de Portugal, que mais tarde foi amplamente introduzido na cultura popular de Braga pelos nobres Biscainhos e de onde foi depois levado para outras paragens como Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Hawaii e Madeira.
Com 12 trastos na forma original o cavaquinho tem uma afinação própria da cidade de Braga que é ré-lá-si-mi. No entanto, as suas quatro cordas de tripa ou de metal, são também afinadas em ré-si-sol-sol, mi-dó#-lá-lá, mi-ré-si-sol, no Brasil como ré-si-sol-ré ou, mais raramente, em mi-si-sol-ré conforme o pais onde é utilizado e de acordo com os costumes etnográficos de cada região portuguesa. Júlio Pereira, um dos músicos portugueses mais renomados da actualidade, tem ajudado na divulgação do cavaquinho como instrumento pleno de versatilidade e que tem dado frutos.
Waldir Azevedo foi possivelmente o mais conhecido músico deste instrumento no Brasil, nas décadas de 60 a 80, no domínio da música instrumental, o choro. Em décadas anteriores, um influente intérprete do cavaquinho foi Augusto Sardinha, popularmente conhecido como Garoto. Considerado, ainda em vida deste, como seu sucessor, o músico paulista Roberto Barbosa, mais conhecido por Canhotinho, é hoje considerado uma das principais referências no instrumento, por ter aprimorado a técnica deixada por Waldir Azevedo. Canhotinho é há cerca de 40 anos o arranjador do renomado conjunto de samba Demônios da Garoa. Outro tocador notável deste instrumento é Arlindo Cruz, conhecido na cena do Samba.
As ilhas do Hawaii têm um instrumento baseado no cavaquinho chamado ukulele, também com quatro cordas e um formato semelhante ao do cavaquinho, que se julga ser uma alteração do cavaquinho, levado por emigrantes portugueses em 1879.
A navegação portuguesa também levou o cavaquinho para a Indonésia. Sua adaptação local ganhou o nome de kroncong, nome também dado a um estilo musical com influências do fado e criado no século XVI por escravos libertados.